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Você não precisa ser blogueiro para ter um blog

Publicado dia 07/04/2016

 

Blog, hoje em dia, não é mais uma ferramenta exclusiva de blogueiros. Em tempos de marketing de conteúdo, é um recurso adotado também por várias empresas, que utilizam este canal para suprir a necessidade de informação do seu público.

Mas por que uma empresa deveria ter um blog, um site já não seria suficiente? O site é essencial para apresentar a empresa, especificar seus produtos serviços, divulgar as informações institucionais sobre o negócio propriamente dito.

O blog, por sua vez, é um espaço mais dinâmico e interativo, onde é possível explorar temas relevantes para as pessoas com interesse em determinado produto ou serviço, temas, por exemplo, que possam ajudá-las a esclarecer uma dúvida, resolver um problema ou facilitar o seu dia a dia.

Por exemplo, um salão de beleza, pode ter publicações sobre tendências de cortes para a estação, cores de esmalte que estão em alta, novas técnicas de depilação, entre várias outras possibilidades.

Uma loja de moda feminina, mesmo que já tenha um e-commerce, pode explorar, no seu blog, diferentes combinações para uma mesma peça, informação que ajuda, inclusive, na definição da compra.

No caso de produtos e serviços mais complexos como um software, por exemplo, os posts podem esclarecer dúvidas mais frequentes dos usuários e, inclusive, trabalhar argumentos para rebater as objeções mais recorrentes.

A ideia, no blog, é ser útil ao público. E isto porque, de acordo com Mark Schaefer, consultor norte-americano que participou do evento Content Marketing Brasil, “as pessoas buscam a internet para se divertir ou resolver problemas. Portanto, as empresas deveriam substituir uma abordagem de vender, vender, vender por ajudar, ajudar, ajudar”.


O primeiro passo é planejar

Para que o blog seja eficiente, é importante definir alguns pontos básicos:

Persona:
Antes do primeiro post, é necessário conhecer e entender bem com quem iremos conversar. A caracterização verossímil do público de interesse é uma etapa fundamental do processo de produção de conteúdo.

Para a criação de uma buyer persona, precisamos descrever aspectos básicos deste potencial cliente (atividades, interesses, faixa etária, comportamento) e, principalmente, saber quais são os desafios e problemas do dia a dia que ele, normalmente, precisa resolver. Compreender suas dores e o caminho que ele percorre para encontrar uma solução é um fator determinante na criação de um conteúdo relevante.

Missão editorial:
Com base nos anseios e necessidades de informação da nossa buyer persona, podemos pensar na missão editorial do blog, que deve especificar o seu propósito e os grandes temas a serem abordados.

Documentar a missão editorial também ajuda a manter o foco das publicações. Uma clínica odontológica pode definir, por exemplo, que seu objetivo é promover a saúde bucal com artigos que esclareçam a importância da prevenção, estimulem bons hábitos e expliquem mais claramente os procedimentos de rotina.

Frequência de atualização:
Definidas a linha editorial e os grandes temas, é preciso estipular a periodicidade das publicações. Para manter o dinamismo e frescor do blog, a recomendação é de, no mínimo um post por semana, mas é possível começar com publicações quinzenais e aumentar aos poucos esta frequência. O importante é começar e procurar manter a regularidade.

Fontes de conteúdo:
Agora que já temos as principais diretrizes do blog (persona, linha editorial, temas centrais e a periodicidade das atualizações), chega o momento de identificar as fontes de conteúdo. Nesta etapa, a ideia é relacionar os procedimentos que serão utilizados na pesquisa e coleta de informações: consultas à equipe que atua mais próxima aos clientes, entrevistas com fornecedores, adaptação de treinamentos e materiais educativos já desenvolvidos pela empresa, pesquisa sobre as últimas novidades do setor, entre outras possibilidades.

Produção de conteúdo:
Uma boa organização das fontes de conteúdo resulta em uma pauta ampla e com muitas possibilidades. O próximo passo, portanto, é eleger os assuntos que serão desenvolvidos, definir o(s) responsável(eis) pela geração do conteúdo e estabelecer o calendário das publicações. Uma pessoa da própria equipe de um escritório de advocacia pode, por exemplo, escrever um artigo sobre as recentes mudanças nas regras da aposentadoria. Recomenda-se, no entanto, que todo o material a ser publicado passe pela supervisão de quem for designado como editor/gestor do blog.

Divulgação:
Publicado o conteúdo, ele pode ganhar ainda mais visibilidade com a divulgação adequada. Para isso, a empresa pode disparar um e-mail para a base de contatos convidando as pessoas a acessarem a publicação. Pode também fazer um post nas redes sociais com o respectivo link para o blog. Finalmente, para atrair ainda mais audiência, pode promover a publicação nos buscadores ou nas redes sociais.

Acompanhamento:
Acompanhar o desempenho das publicações é importante para identificar os temas mais relevantes para a audiência e monitorar os resultados gerados, que podem ser expressos, apenas para exemplificar, em atração de novos visitantes para o blog, captação de novos e-mails de contato, solicitações de orçamento, além de outras métricas.


Os benefícios do blog para a empresa

Um blog bem trabalhado pode se transformar em fonte de consulta para temas relacionados à área da atuação da empresa e contribuir para identificá-la como uma autoridade do setor.

Autoridade na área, por sua vez, gera confiança e como costumamos comprar de quem confiamos, tornar-se uma referência pode ajudar a preparar o caminho para a venda.

Além destas razões, conteúdo relevante e informações valorizadas pelo público são fundamentais para melhorar o posicionamento do blog nos mecanismos de buscas.

Conhecimento, experiência, casos práticos, orientações, testes, pesquisas... Pode ter certeza que, mesmo em pequenos negócios, já há uma série de conteúdos latentes na empresa. Basta identificá-los, organizá-los e disponibilizá-los em um formato útil e atraente para o público.